quarta-feira, 6 de junho de 2012

Partidos Políticos - Escola da Cidadania – UNIFESP



Introdução
A política na sua origem foi uma manifestação da grécia antiga, onde seus filósofos em constantes reflexões enveredaram-se pelos caminhos dessa arte, sempre em busca do conhecimento e compreensão dos porques de tudo no referente aos conceitos do poder enquanto constituição humana e política. Atualmente a política ganha status de ciência, onde segundo Maurice Duverger o poder é seu objeto base de estudos e análises. Nessa estrutura os cientistas políticos diante da complexidade e frequente mistura de interesses contraditórios apresentam-na como a aplicação da Teoria dos jogos. Talcot Parsons definiu política como; exercício de algumas funções para proveito do sistema social  (povo). O próprio nome tem na sua origem o sentido do que pretende; onde Política do grego Polís (politikós) cidade, trazendo o conceito da construção desta. Mas ser político atualmente tornou-se mais complexo, pois as estruturas partidárias tem cada dia mais tornado tudo muito manipulavél e confuso , fator este consequente do perfil de Partidos Políticos, suas propostas e a forma como o país determina suas possibilidades de existencias. Na verdade nosso sistema Político Partidário é ainda uma consequente da democracia imatura dentro de uma nação ainda em processo de auto descoberta e desenvolvimento. Essa pesquisa trará o conhecimento dessa estrutura e possíveis fragilidades na perspectiva de a partir deste conhecimento propor melhorias e maturações, pois de acordo com Lasswell, poder é; “o fato de participar da tomada das decisões”, mas como administrar esse poder se ele está imaturo e a nação que o distribui mais ainda? Pois para que um povo manipule seu poder deve primeiramente conhecê-lo e dominá-lo, haja ver; “política é a arte de governar, é o uso do poder para defender seus direitos e cidadania”

História dos Partidos no Brasil
A história revela os pontos originários de uma visão político partidária que ainda hoje persiste entre nós, pois temos duas vertentes os conservadores e os liberais, embora de forma remodelada. No Brasil a estrutura de PP existe há mais de 160 anos, entretanto são inconstantes se desestruturando, deixando de existir facilmente o que gera um perfil de  partidos que se erguem e quedam sem que se viabilize uma durabilidade. Essa questão impossibilita o amadurecimento dos PP, gerando, portanto uma estrutura de PP despreparada e suscetível a erros perigosos. Na verdade foi somente após a queda do imperador D.Pedro I em 7 de Abril de 1831 que os partidos políticos assumiram-se institucionalmente, embora ainda com conflitos e sem diretrizes definidas claramente, pois nesse período enquanto os conservadores queriam um regime fechado e autoritário os liberais propunham fortalecimento do Parlamento com maior autonomia provincial. Embora  divergentes nesse aspecto comungavam de acordo no referente à escravidão.
O sistema de votação baseava-se no critério censitário (Lei Saraiva 1881) onde as paróquias escolhiam seus eleitores que por sua vez escolhiam os representantes da nação. Nessa fase decorrente de uma desatenção pelas idéias ainda não havia um programa partidário, sendo redigido o 1º somente em 1864 pelo Partido Progressista, também a política da Conciliação implantada em 1853-1868 pelo Marques do Paraná. Nesse período os conflitos eram escassos consequente do fato de que tanto conservadores quanto liberais pertenciam a mesma classe social, a de proprietários de bens e escravos.
Na República velha em 3 de Dezembro de 1870 o Manifesto Republicano também auxilia na fundação de um partido gerando o crescimento da estrutura. Em Itú a 1ª convenção republicana, a que se criou o PRP (partido republicano paulista), entretanto  contou com fraca participação dos republicanos autênticos, pois havia sido manifestação de generais e não de políticos civis o que gerou uma formação partidária não autêntica. Entretanto, embora todas essas questões ainda se constituiram outros partidos (Partidos Republicano Paulista, Partido Republicano Mineiro) o que quebrantou as perspectivas  dos liberais e conservadores de agregarem forças políticas no país inteiro.
Outro fator que enfraqueceu os PP foram as manifestações locais do coronelismo,gerando o fortalecimento do poder regional e  manipulando as    eleições.                    .             Em decorrência surgiram insatisfações e a exploração violenta (caso do Movimento Tenentista, de 1922-27, Revolução de 1923 RGS ou Revolta da Princesa na Paraíba 1928).
Todas essas distorções geraram uma política incoerente trazendo para o Brasil ideologias extremistas (comunismo e fascismo), que após a 1ª guerra mundial afloram desmedidamente e deformando a estrutura político partidária. Em 1922 fundou-se o PCB (partido comunista brasileiro, responsável pela fracassada tentativa de Golpe de Estado com Intentona Comunista de 1935 que ocasionou na prisão de seus principais líderes), 1932 a fundação da ABI (Ação integralista brasileira) inspirada no fascismo italiano e Movimento de Falange espanhola, por Plínio Salgado, todos investindo no declínio  do regime Vargas por golpe, sendo o PCB o principal articulador escudado na ANL (aliança nacional libertadora), por conseguinte foram colocados na ilegalidade em 2 de dezembro de 1937, com uma pequena participação do PCB no governo Goulart (1961-1964) e do PRP com ultima aparição em 1969-73 na ditadura do presidente Médici.
                Somente em 1945 foram legalizados, pois entre 1945- 64 a vida política era polarizada entre PSD (partido social democráta)  e PTB (partido trabalhista brasileiro) ambos getulistas e UDN (união democrática nacional) liberal e antipopulista, burguesa classe média favorável a iniciativa privada, cabendo a este ultimo impugnação das vitórias eleitorais da coligação PSD – PTB até 1964 na vitória.
Entrando na Era Vargas (1945-64) após um período de proibição os partidos políticos retornam com a redemocratização, destacando-se nesse período o PSD, PTB, porém a UDN foi um importante partido de direita no período.
Em 1945 sistema democrático militar é derrubado e em 1965 com o Ato I-2, permiti a formação de duas associações políticas nacionais ARENA (aliança renovadora nacional) e MDB (movimento democrático brasileiro) cuja finalidade é fazer oposição ao regime.  Toda essa repressão do regime militar na política partidária explode a partir de 1974 seguida das Diretas Já 1984, surgindo do ARENA - PFL (partido da frente liberal) e PPB (partido popular brasileiro) e do MDB – PMDB (partido  do movimento democrático brasileiro) e PSDB (partido social-democrático brasileiro), o PTB (partido trabalhista brasileiro), PDT ( partido democrático trabalhista) e o PT (partido dos trabalhadores).
Esse processo da formação de muitos partidos pequenos gerou uma poluição político partidárias, excesso este que tem tornado o congresso inviável e pouco ou nada funcional, haja ver atualmente conta com mais de 30 representações políticas legais, o que tem desorganizado o sistema e portanto enfraquecido-o.
Hoje os governos independente do partido a que serve tem se envolvido em tantas alianças políticas, no período de campanha que quando em exercício do poder perdem sua autonomia e liberdade de movimentação, tornando-se obrigadas a satisfazer acordos realizados em alianças, gerando portanto a perda de seu perfil e ou projetos.



Constituição Federal
De acordo com a legislação atual e a constituição de 1988 fica permitida a existência de várias agremiações políticas no Brasil, tendo seu ápice no fim da Ditadura (1964-1985) com a disseminação por todo território nacional, pois durante esta era permitido a existência somente de dois partidos; ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) fator este permitido através da imputação da Lei Falcão.
                   A estrutura dos partidos funcionavam em dois polos distintos, sendo;
ARENA – por políticos favoráveis ao regime militar.
MDB – pela oposição, embora de forma controlada.
Atualmente esse sistema Bipartidário foi extinto no Brasil desde o início da década de 1980, passando a vigorar então o sistema democrático (vários partidos).
Embora possa haver mais de um partido no Brasil (pluripartidismo) ainda é proibido a legalização dos partidos fascistas, nazistas e monarquistas no Tribunal Superior Eleitoral, o que factua a realidade da limitação no referente a verdadeira liberdade
O que é um partido político?
                  É definida pelo Professor Lauro Campos (Universidade de Brasília) em seu livro; “Histórico do pensamento Econômico” na referencia ao espectro ideológico, como;
    “é um grupo organizado de pessoas que formam uma legalmente constituídos entidade, com base em formas voluntárias de participação, nessa democracia, em uma associação orientada para influenciar ou ocupar o poder político em um determinado país politicamente organizado e/ou Estado, em que se faz presente e/ou necessário como objeto de mudança e/ou transformação social.
                 Na verdade Partido político deveria ser um conjunto de ações onde se organizam ideias transformando–as em ideologias e de forma pragmática se desenvolvessem através dos partidos políticos, entretanto não é o que ocorre no Brasil, pois o ambiente político deste carece de condições para tal desenvolvimento (MICHELS, Sociologia dos partidos políticos).
                  Pela filosofia Histórica Aristotélica; “para que haja partidos políticos organizados a nível mundial, se faz necessário a consideração de necessidades mundiais em conjunto com a busca pela mudança, segundo Lauro Campos, pois na Grécia antiga o conceito de democracia real e organizada passava pela indispensável existência de mais de um partido político, em caso contrário quando com somente um partido teríamos uma Repúplica; segundo Platão, enquanto que para Aristóteles este modelo seria o início da “Ditadura não esclarecida”.
   Podemos definir o que é partido político sob diversos olhares, dentre os quais citamos pelo;
Jurídico;
Organização de direito privado que, no sentido moderno da palavra, pode ser definido como uma "união voluntária de cidadãos com afinidades ideológicas e políticas, organizada e com disciplina, visando a disputa do poder político".
Sociológica,  sendo também vários olhares;
Para Nildo Viana, os partidos políticos atuais são estruturas predominantemente burocrática fundamentando-se na ideologia da representação política, e não no acesso direto do povo  às decisões políticas, sendo objetivo principal, conquistar o poder político estatal, além de serem expressões políticas de alguma oligarquia  econômica ou tradicional.
Já para Michels, de influência Weberiana considera uma necessidade técnica o  sistema burocratizado, principalmente no referente aos facistas, nazistas, socialistas e comunistas, enquanto que para Nildo Viana esse processo é derivado de um complexo processo social e político, gerando uma classe social nova; “burocracia”.

Quantos Partidos Políticos há no Brasil?

                 No Brasil o sistema é Pluripartidismo, ou seja, vários partidos, estrutura esta que contribui para a manipulação do poder, haja ver é através da participação de um partido que se chega a possível obtenção de um cargo político de alto escalão, entretanto sabe-se que para conquistar o poder político há outros caminhos, tais como; participação em ONGs e movimentos sociais, embora sejam possibilidades muito limitadas considerando a vasta extensão de rumos que se poderia haver no processo democrático proposto.
         Dentre muitos partidos temos como principais 27, são eles;
PDT - Partido Democrático Trabalhista
1981, resgatou bandeiras do ex-presidente Getúlio Vargas, seus redutos políticos no RJ e RS, sua principal figura o ex-governador Leonel Brizola, contra as privatizações, pois vê o crescimento do país através da industria nacional.
PC do B - Partido Comunista do Brasil
1922, ilegal no período militar, tornou-se legal em 1985 no governo de José Sarney, defende a implantação do socialismo, tendo como bandeira a reforma agrária, sua principal figura ex- deputado João Amazonas.
PR - Partido da República
2006 pela fusão do PL (partido liberal) e PRONA (partido da reedificação da ordem nacional), reuniu vários políticos do ARENA e do PFL e PDS, defende o liberalismo, a diminuição de taxas e impostos.

DEM - Democratas - Antigo PFL (Partido da Frente Liberal)
1984, conjuntos de vários partidos dissidentes do PDS, apoiou o governo Sarney, Collor e Henrique Cardoso, fez oposição ao Lula, suas bases partidárias estão na região Nordeste, mas atua em SP com Prefeito Kassab. Em 2007 passou a chamar-se Democratas (DEM), defende economia livre de barreiras e redução de taxas e impostos.
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
1980, reuniu políticos do MDB do governo militar, identificado como redemocratizador a década de 80  sendo dominante no período pós militar, seu poder nacional se deu  com José Sarney como presidente . O sucesso do Plano Real em 1986 conseguiu eleger a maioria dos governadores das eleições no período, mas com o fracasso do plano e a morte de Ulisses Guimarães entrou em declínio, tendo muitos dos seus migrantes para outros partidos.
PPS - Partido Popular Socialista
Com a queda do muro de Berlim passou de PCB para PPS e reestruturou suas bases ideológicas deixando-as mais próximas da social-democráta, principais figuras ex-governador Ciro Gomes e o senador Roberto Freire.                                          .

PP - Partido Progressista (ex-PPB)

1995 pela fusão do PPR (partido progressista reformador) com PP e PRP, sua base é PDS, defende o capitalismo e economia de mercado, principais representantes ex-governador e ex-prefeito Paulo Maluf e senador Esperidião.
PSDB - Partido da Social-Democracia Brasileira
1988 por políticos saídos do PMDB, onde Mario Covas, Fernando Hentique, José Serra e Ciro Gomes defendiam o parlamentarismo e o mandato de apenas quatro anos para Sarney, também o desenvolvimento do país com justiça social, cresceu durante e após o mandato de Fernando Henrique cardoso, tornando-se a principal oposição do PT.
PSB - Partido Socialista Brasileiro
1947, defende idéias socialistas com transformações que representem melhoria, principal representante Miguel Arraes.

PT - Partido dos Trabalhadores
Inicio da década de 80 com movimentos sindicais e greves na região do ABC Paulista, defende a classe trabalhadora, reforma agrária e a justiça social, atualmente governa o país através da Presidenta Dilma Rossef, vem sofrendo algumas crises por conta das fortes corrupções durante o governo Lulla.
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
 
1994 por dissidentes do PT, defende o fim do capitalismo e implantação do socialismo, sua base é o antigo sistema socialista do leste Europeu, onde se concede aos trabalhadores mais poder e participação social.
PV - Partido Verde

1986, com ideologia ecológica, onde prega-se o crescimento com respeito ao meio ambiente, favoráveis aos direitos civis, a paz, qualidade de vida e formas alternativas de gestão pública, lutam pelo bem estar do planeta.
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
1979 contou com a presença de Ivete Vargas na busca pelo retorno dos ideais de Getúlio Vargas, atualmente tem pouca força e defende o liberalismo.
PCB - Partido Comunista Brasileiro
1922 com ideias de Marx e Engels defende o comunismo, seu símbolo é a foice e o martelo cruzados, com cores vermelha e amarelo, é de esquerda contrário ao capitalismo e neoliberalismo, defendendo a luta de classes, comnhecido como “Partidão”.

PSOL - Partido Socialismo e Liberdade
2004 defensor do socialismo, originário de dissidentes do PT, de esquerda contrário ao capitalismo e neoliberalismo, sua cor oficial é vermelho com símbolo do sol.
PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
1997, quando em 18 de fevereiro finalmente obteve seu registro oficial.
PSD - Partido Social Democrático
2011 por dissidentes do Partido Progressista e Democratas no dia 21 de Março.

PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
1994, quando obteve registro definitivo no dia 11 de outubro.
PTN - Partido Trabalhista Nacional
Refundado em 1995.
PTC - Partido Trabalhista Cristão
1990, obteve registro definitivo somente  em 22 de fevereiro do ano citado.
PSC - Partido Social Cristão
Também somente em 29 de Março de 1990 obteve registro definitivo.
PSDC - Partido Social Democrata Cristão
Em 1997 no dia 5 de agosto obteve pelo TSE registro definitivo.
PMN - Partido da Mobilização Nacional
Fundado em 1984, mas de pouca expressão.
PRP - Partido Republicano Progressista
Em 1991 no dia 22 de novembro obtem o registro definitivo.
PHS - Partido Humanista da Solidariedade
Fundado em 20 de Março de 1997.
PRB - Partido Republicano Brasileiro
Fundado em 25 de agosto de 2005.
     
Partidos Políticos, poder e cidadania.

                 A concepção de poder deve trazer-nos o conceito do domíno, entretanto mais que isso no referente temos que associá-la ao conceito de estrutura política  em parceria com a construção da cidadania o que torna tudo diferente, pois poder no contexto político deveria ser na prática o que se refere ser na teoria, ou seja, “participação das tomadas de decisões” (LASSWELL) que desenvolvido de forma correta constrói a cidadania, ficando fácil a construção de uma democrácia madura e pura, entretanto não tem sido assim, pois falta ética e a vivência real do conceito de poder na sua constituição correta.
              Nessa tríplice aliança seu desenvolvimento e administração  se desenvolve no conceito da ética, cidadania e poder e sua instalação dependerá da compreensão destes, seu papel e lugar na sociedade.
               Quando falamos de cidadania teremos a Cidadania Antiga, originada no passado (Grécia e Roma) sendo uma cidadania romântica, ilusória, idealizada e falsa, pois não se constituia em um todo, mas apenas para os que detinham algum tipo de poder, ou seja, mulheres, escravos e operários não tinham o mesmo direito, o que concretiza uma falsa  democracia e portanto inviabilizando a cidadania. Esse tipo de cidadania era vivenciada dentro de uma estrutura em que as cidades - estado eram de pequeno ( 5 mil hab.), médio (20 mil hab.) ou grande (100 mil hab.). Já a cidadania moderna, consequente das revoluções Inglesa (séc.XVII), Americana (1776) e a Francesa (1789), embora tenha alguns pontos em comum com a antiga, traz em si as caracteristicas de um tempo e espaço diferente tornando-se uma cidadania mais participativa e envolvida em problemáticas da sociedade. Atualmente temos a cidadania em sua constituição mais próxima do conceito de poder definido por, Laswell, muito embora o processo acelerado de produção (trabalho) imposto pelo sistema econômico atual (Capitalismo) tem danificado as possibilidades dos cidadãos de estarem mais atentos há essas questões e portanto exercer essa cidadania de forma mais ampla, profunda e comprometida. Entretanto pelo ponto da abordagem marxista, “é imcompatível com uma sociedade de classes, ou seja, a cidadania plena é incompatível com o capitalismo. Ela é possível em uma sociedade sem classes, o socialismo”.
                          A cidadania é  emancipatória economicamente e humana e tendente à globalização, sendo este o perfil básico da Cidadania  moderna, o que pode-se dizer , bem mais madura do que a antiga, mas não melhor, haja ver vivencia uma estrutura corrupta e demasiadamente grande em sua extensão de domínio e organização, o que a torna frágil.
                           É nessa fraqueza da cidadania em sua constituição que os partidos políticos guiados por um sistema de poder distorcido e corrupto se instituem como manipuladores através de uma administração enfraquecedora da democracia.

Partidos Políticos e atuação na zona Leste
    
                        A zona leste é a maior zona da cidade de São Paulo em extensão territorial e populacional, entretanto embora esteja nessa condição  vive assolada pela miséria e desestruturação em sua maior faixa territorial.
                        Nessa região temos bairros nobres, tais como; Anália Franco, Tatuapé, Mooca, entre outros que em toda sua estrutura nada se parecem com bairros como; Guaianazes, Cidade Tiradentes, Itaquera, Itaim, que apresentam uma dura realidade de pobreza e desestruturação.     
                         O que ocorre que em uma mesma Zona os mundos sejam tão absurdamente diferentes? Seria possível que essa realidade se convertesse?
                       A expectativa é que o governo sensibilize-se cada vez mais e busque alternativas para que esse perfil seje transformado de um sistema desigual para uma igualdade mais coerente.
                     A abertura de shopping centers e hipermercados, a instalação de universidades, as mudanças no sistema viário e os lançamentos imobiliários vêm dinamizando a economia, a cultura e a estrutura urbana da zona leste, entretanto não tem sido o suficiente. O que ocorre é que o déficit em toda região é tão grande que nem mesmo tentativas de melhora tem surtido real diferença.
                  Teremos para 2014 a finalização de um projeto da Prefeitura em conjunto com o Estado onde se investirá R$ 353 milhões ;  veja mais - http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/infraestrutura/sp_obras/noticias/?p=35386
                  Esse projeto é consequente de uma necessidade urgente de melhorias na região a fim de atender  a copa, o que constata-se que toda estruturação é consequente apenas de interesses políticos, pois caso a região não fosse interessante nada se faria por ela, mas pela região de interesse. É nesse ponto que se discute a questão dos Partidos Políticos e sua atuação na zona leste, pois em tempos de eleição no vale tudo da busca por votos os candidatos buscam avidamente estreitar laços que posterior as eleições desvincula-se sem o menor senso ético, deixando essa região carente sem perspectivas e atenção.
                 A questão é que mesmo realizando esse grande projeto continuaremos tendo os bairros; Guaianazes, Cidade Tiradentes entre outros em sub condições de estruturas, ou seja, confirma-se de forma concreta e não teórica, só se investe no que é interesse do governo, e os partidos políticos atuam de forma deformada e desinteressada nessa região.O que podemos garantir ser uma contribuição muito ordinária , considerando o quanto de votos essa região pôde lhes oferecer e poderá oferecer de potencial produtivo.
                  Esses aspectos nos trazem a confirmação do fato de que o compromisso político ainda é quase que inexistente, entretanto para que tal situação mude será indispensável a organização da sociedade local em movimentos populares de transformação, onde o cidadão aprenda a exercer sua cidadania participativa perdida, e então reconstrua sua exigências ruma as conquistas.
                     O primeiro compromisso que os partidos políticos deveriam assumir seria o de diminuir a exorbitante diferença entre os bairros dessa zona, haja ver temos o despropósito de enquanto em um bairro como Tatuapé a renda familiar (de padrão de no máximo 4 pessoas) chega há R$ 2570,00 mensais, em outro como Cidade Tiradentes uma família inteira ( com uma média de 7 pessoas) precisa viver com pouco mais de R$ 600,00 e ainda pagar aluguel. São referenciais como este que devem ser repensados por nossos governos, pois se a região for desenvolvida corretamente oferecerá empregos melhores com melhores salários e portanto cada vez mais investimentos locais ao invés de subempregos, como tem ocorrido.
                   Diferentemente dessa perspectiva os partidos tem assumido o poder e se relacionado muito mais com as classes e bairros já estruturados, garantindo portanto o ciclo vicioso e indissolúvel da miséria de um lado e riqueza de outro.

Curiosidades das regiões

Zona Leste Um

                          A Região Leste Um de São Paulo é uma região administrativa estabelecida pela prefeitura de São Paulo englobando as subprefeituras da Penha, de Ermelino Matarazzo, de Itaquera e de São Mateus. De acordo com o censo de 2000, tem uma população de 1 552 070 habitantes e renda média por habitante de 875,90 reais.  É uma região diversificada, tanto comercial, quanto residencial, que está em desenvolvimento, a qual está passando por processos de urbanização e regularização de áreas risco (favelas), canalização de córregos e do rio Aricanduva, além da verticalização.

Zona Leste Dois

                        A Região Leste Dois de São Paulo é uma região administrativa estabelecida pela prefeitura de São Paulo englobando as subprefeituras do Itaim Paulista, de Guaianases, de São Miguel Paulista e de Cidade Tiradentes. De acordo com o censo de 2000, tem uma população de 1 169 815 habitantes e renda média por habitante de 625,26 reais.[4] É a região com renda per capita mais baixa do município.

Zona Sudeste

                         A Região Sudeste de São Paulo é uma região administrativa estabelecida pela prefeitura de São Paulo englobando as subprefeituras da Mooca, de Aricanduva, de Vila Prudente e do Ipiranga. Forma, com as zonas Leste Um e Dois, a macro-zona conhecida simplesmente como Zona Leste, à exceção da subprefeitura do Ipiranga.
De acordo com o censo de 2000, tem uma população de 1 522 997 habitantes e renda média por habitante de 1 341,40 reais. É a região mais desenvolvida da Zona Leste da cidade, com melhor urbanização, verticalização, infraestrutura, e bairros nobres, como o Jardim Avelino.

Considerações finais
Compreendendo-se os problemas desigualdade presente em nosso sistema administrativo e comparando-o com as questões históricas na formação de nossa política poderemos perceber que a estrutura Político Partidária ainda é demasiadamente imatura e corrupta, sendo agregada a si apenas interesses de natureza cômoda. O fato é que para que tal situação mude ou pelo menos inicie seu processo de mudança se faz indispensável e urgente que construamos nossos deveres e direitos dentro de uma cidadania participativa, mas como escrever um texto se nem sabe as letras do alfabeto? Tarefa difícil... Talvez até mesmo impossível, para o momento.
Toda sociedade e sistema tem seu tempo de ascenção, apogeu e declínio, e quando as cirscunstâncias chegam á essa base de impossibilidades podemos iniciar o pensamento de que estamos rumo ao declínio do ponto em discussão.
Mas o que importa em tudo é que a história e a experiência advinda desta não se perde, mas tornam-se bases para uma proposta futura. E é essa que deverá ser nossa meta enquanto cidadãos do futuro... Por enquanto lutar, e quando tudo se for recomeçar com a semente do passado como experiência para sabedoria.












Bibliografia
Livro o primado...
Categoria: Ciência Política
pt.wikipedia.org/wiki/Partido_político
www.simposioestadopoliticas.ufu.br/imagens/anais/pdf/DC19.pdf -  (EDUCAÇÃO E PARTIDOS POLÍTICOS: análise da concepção de cidadania em Governos do Distrito Federal Brasil.
pt.wikipedia.org/wiki/Zona_Leste_de_São_Paulo








        Escola da Cidadania – UNIFESP




               

                  Partidos Políticos


                           


                                  Elisangela da França Lemos do Carmo


                         São Paulo
                             2012


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