quinta-feira, 21 de junho de 2012

97. Como entender que a Igreja não erra?


Todos os domingos o católico professa sua fé dizendo crer na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, “esses quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si, indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. A Igreja não os confere a si mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo, concede à sua Igreja que seja una, santa, católica e apostólica, e é ainda Ele que a chama a realizar cada uma destas qualidades”, assim ensina o Catecismo da Igreja Católica em seu número 811.
Atualmente virou moda afirmar que a Igreja é “santa e pecadora”. Esse pensamento não poderia ser mais errôneo. A Igreja é santa e imaculada, contudo, os seus membros são pecadores.Para explicar essa afirmação o Catecismo, por meio de um discurso do Papa Paulo VI, diz que:
"827.A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo»”.
Assim, a Igreja é como um núcleo e cada católico é um membro que pode do núcleo aproximar-se ou afastar-se. Ao aproximar-se da Igreja, o católico é cada vez mais santificado pela Graça que dela emana. Da mesma forma, se livremente o católico decide afastar-se dela, por sua própria responsabilidade, afasta-se da comunhão com o Corpo de Cristo.
A santidade da Igreja é uma realidade que pode ser observada ainda em outros aspectos. Ela tem ainda a característica de ser infalível em matéria de fé. O próprio Cristo cuidou para que assim fosse:
889. Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Pelo «sentido sobrenatural da fé», o povo de Deus «adere de modo indefectível à fé», sob a conduta do Magistério vivo da Igreja.”
Trata-se, portanto, de um rebanho que há de permanecer fiel à Igreja mesmo sob tribulações. Não se trata de quantidade, mas sim de qualidade. De pessoas comprometidas com a fé, unidas à vida da graça, àquela santidade e santificação promovida pela união com o Corpo de Cristo. Estes serão os indefectíveis na fé, que responderão à pergunta: “mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?” (Lucas 18,8)

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